terça-feira, 14 de junho de 2011

A Ponte

Sentado em posição de meditação ele estava, focava seu pensamento em coisas positivas, pensamentos positivos, coisas boas, pensava em seu objetivo. Já fazia certo tempo que estava sentado, ele conseguira acalmar-se. Era bom começar o autocontrole, o domínio da mente. Levantou colocou uma calça leve, jogou uma blusa por cima do corpo. Ao pegar a chave do carro percebeu que esquecera o livro em seu quarto. Correu para pegá-lo, apanhou o livro de capa vermelha e foi para o carro.

Ligou a chave no contato, ouviu o motor girar e funcionar, ligou o som, a música que tocava o lembrava tanta coisa, era como se um filme passasse em sua cabeça, aquilo o fez sorrir. Irônico, mas o fez sorrir. Saiu com o carro, andava lentamente, olhava a lua no céu, ele não tinha um destino certo só queria ir. Chegou a uma grande praça no meio da cidade. Engraçado, sempre quis ir ali, mas sozinho não era onde ele imaginaria parar.

Estacionou facilmente o carro, pegou seu livro e foi para praça. Deixou seus passos irem, chegou a uma ponte e parou. Olhou para baixo; um pequeno rio corria ele sorriu para água que passava tranquilamente. Seu reflexo era estranhamente nítido, podia ver sua alma. Virou seu corpo encostou suas costas madeira em que havia deixado seus braços cruzarem.

Sua cabeça ficara novamente agitada pensando em tantas coisas. Era hora de filtrar seus pensamentos de novo, ele sabia que mudanças são inevitáveis, que as vezes a vida beteria no nariz, que ele sangraria, que pensaria em desistir e olharia para o futuro sem muita esperança, mas é ai que deveria crescer. Estufar o peito. É nessa hora, quando você esta mais fraco, quando você esta triste, que a verdadeira luta começa. Não é fácil, não foi e não vai ser fácil nem para mim nem para ninguém. Mas valerá a pena... ninguém vive o que não consegue suportar, ninguém, e a melhor forma de superar algo é querer. É viver isso. Se você perder alguém não importe quem.. ou o que seja... leve o que teve de bom, você nunca fez demais, e nunca fez de menos, só fez o que podia fazer... se não fez algo... é porque de fato, não queria ou não precisava. Então não se arrependa.

Ele sorriu novamente, estava decidido em com objetivos traçados, ele ia abraçar qualquer coisa que viesse, dor, alegria, incerteza. Ele traçara seu objetivo, fez tudo que o lhe ensinará. E estava disposto a correr todos os riscos.

Já não havia erros, os reveses sempre serão oportunidades para a expansão pessoal e para o crescimento espiritual.

Ele lembrou um sorriso. Colocou o capuz da blusa, era hora de comer algo quente e tomar um bom vinho, e não havia melhor lugar do que na frente de sua lareira com uma vista para o céu azul escuro com pontos brilhantes.

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