domingo, 16 de dezembro de 2012

Temperatura Não Tão Amena

E a confusão tomou conta. Não era como se nunca tivera vivido aquilo, pois tinha. Contudo, as experiências anteriores não eram tão bem vindas. Embora guardasse as coisas boas, as ruins ainda existiam e tinham um peso absurdo.


De repente sentiu que sua guarda, ou melhor seus muros estavam baixos, ou melhor derrubados e era exatamente esse o ponto da confusão. Inteligente, comunicativa, independente e linda, incrivelmente linda. Seu sorriso misturava-se a uma covinha ao lado direito que dá-lhe um charme absoluto. O tipo de chamar que deixaria qualquer homem encantado. E o faria se perder.

Encostou sua cabeça no travesseiro com o quarto escuro e começou a pensar, era inacreditável, havia pouco tempo que acontecera mas ele lembrava tudo incluse as sensação de inesperavelmente ela também sentir-se atraída, ele não entendia como, contudo, convidara para sair.

A temperatura do dia era amena com alguns sopros frios, mas, agradáveis. A quinta-feira era ideal. Ao busca-la ele colocou um musica qualquer não podia evitar ainda havia uma timidez, era pouca, mas ainda havia. Ele saiu do carro para recebe-la e pediu que entrasse. Ela aceitou o convite e partiram.
O barzinho tinha poucas pessoas, escolheram um lugar na área externa sentaram a conversa fluiu naturalmente, a presença dela era confortante. A cerveja veio macia e agradável, para os dois, e a conversa fluiu o tempo passou e ele estava impressionado e encantado, no entanto, ela era uma incognita. Em determinado momento da noite ela levantou-se e ele impulsivamente também, ela aproximou se um pouco e nesse instante ele calou qualquer sussuro que poderia vir a seguir. A temperatura voltaria a ser tão amena.

Ele voltou a si na cama e pensou sobre o beijo e sobre tudo que vivera até ali.. e conseguiu entender que não importaria o que ele havia passado. Para um ciclo começar, obrigatóriamente, um será fechado. Os medos podem de certa forma nos assustar, mas, como recitou certa vez Norman Vincent Peale que há três tipos de pessoas: “Os Covardes nunca tentam, os fracassados nunca terminam, os vencedores nunca desistem”

domingo, 21 de outubro de 2012

Quarta-Feira.


Ele chegara em casa finalmente, não tinha ficado muito tempo no PUB, apenas algumas horas, mas fora suficiente. Suficiente para poder pegar o telefone a única mulher que havia o impressionado em algum tempo.

Convidar-se para juntar-se a ela em sua dança, fora particularmente desafiador. Era fácil chegar, conversar, fletar com qualquer outra, pois as outras não eram importante. Mas, ali, era ela, alguém que de fato havia o interessado.

A noite fora tranquila, ele estava feliz, tinha o número dela no final das contas. Sentou em sua poltrona por um instante e sentiu que definitivamente dormiria rápido. Fechou os olhos como se os descansasse­. Dormiu.

O celular na mesa da sala tocou e ele acordou, caminhou até ele e atendeu. Seu amigo o cobrara, ele estava atrasado. Desligou o telefone e correu para juntar as coisas enquanto se troca afinal era dia de jogo.

Após o jogo continuou com suas atividades corriqueiras de domingo, lavou o carro, foi ao parque da cidade dar uma volta. Enquanto caminhava desejou alguma companhia e percebeu o pensamento nela. Na menina do PUB, não, melhor dizendo, Roberta, seu cabelo castanho escuro e olhos penetrantes também esturo combinavam perfeitamente com seu sorriso e buchechas levemente rosada, não, não parecia uma boneca, era como uma mulher devia ser, bonecas não o interessava.

Pegou seu celular e mandou uma mensagem. O tempo passou , ele olhou umas duas vezes para seu celular e não havia resposta. Pegou seu computador, tinha alguns projetos para terminar.

Algumas horas passaram até que ele decidisse fechar o computador, amanha era segunda e essa segunda ele não trabalharia. Desciu que era hora de achar uma Fast Food 24 horas qualquer e comer algo. Afinal a sua ultima refeição havia acontecido as 17 horas e já eram quase 23. Pegou seu celular, ao mesmo tempo em que este apitou. Ele acessou a mensagem e leu:

“Oie! Tudo bom?”

No mesmo instante respondeu a mensagem perguntando se seria inconveniente ligar esta hora.

A resposta foi:  “Não”

Ele discou o número e ela rapidamente atendeu. A conversa fluiu agradavelmente. Perguntas simples e suave sem nenhuma pressão. Após 10 minutos de conversa se despidiram.

Ela com um sorriso diferente nos lábios. Ele com um brilho diferenciado nos olhos. E o encontro estava marcado. Quarta-Feira.

domingo, 23 de setembro de 2012

Tão Igual


E a chuva bateu na janela do quarto dela. Ela estava deita em sua cama. A noite fora boa e sair com suas amigas rendeu-lhe boas risadas. Pensando na noite, ela pensava na conversa diferente que tivera com alguém que simplesmente convidou-se para dançar e conversar sem mostrar nenhuma muita pretensão, apenas, um sincero interesse. Ela dormiu.

Era domingo cedo, ela seguiu sua rotina domingueira. Foi até o parque da cidade, fez sua corrida matinal e voltou para casa. Ao chegar pegou seu livro, leu algumas páginas e fechou, afinal, o almoço estava pronto.

Almoçou e na parte da tarde decidiu prosseguir com alguns afazeres da faculdade. Ela sentou e concentrou-se, a tarde ja estava acabando e ela já havia estudado por horas. Então sua mente divagou, pensava em muitas coisas. Foi quando ela pensou no rapaz que se convidou para dançar com ela. Talvez ele fosse igual a todos.

O resto da noite continuou calma e e ela continou seus estudos a tempo de ser chamada para a janta. Jantou e sentou para assistir um filme, no momento em que notou que estava sem celular, contudo, continuou ali sentada assistindo o filme.

Ela estava compenetrada no filme, ela gostava de filmes românticos, não podia ser melancólico, mas devia ser romântico, se pudesse rir durante melhor ainda. O filme continuou e ela riu três ou quatro vezes no filme até o seu fim.

Ela levantou, desligou a tv e foi para seu quarto. Era noite de domingo,  no outro dia iria trabalhar, estava na hora de dormir. Trocou de roupa e caminhou até a cama. Pegou seu celular na bancada em que estudara antes para ativar o despertador. Ao pergar o celular, ela observou a tela, havia uma mensagem, o número não tinha nenhum nome registrado.

Ela abriu a mensagem e viu a mensagem:
“Olá!”

Ela sabia quem era, por mais que não tivesse o número dele, tão pouco a assinatura, ela sabia.  Enfim, talvez ele não fosse tão igual, mas era cedo para dizer.

domingo, 16 de setembro de 2012

O Vento


Era hora de sair. Pegou as chaves do carro, trancou a casa. Vestia um jeans preto, com uma camisa social também preta de mangas arregaçadas na altura do bíceps. Abaixou o vidro colocando o cotovelo para fora. Ligou o rádio e uma música qualquer tocava. Não prestava muito atenção até que três acordes fez com que sua atenção fosse magnetizada. Era uma música boa, completa, contudo, era engraçado como “O Vento” se misturava em partes com sua vida.

Nesse momento, notou que sentia-se bem com a brisa que batia em seu rosto, escutando aquela musica. Estacionou o carro e entrou no PUB. Sentiu-se confortável com a música boa que tocava, sentou no bar e pediu uma cerveja. O primeiro gole desceu suave, com o primor que poucas bebidas podiam  lhe causar. Olhou para pista de dança e ela chamou sua atenção. Não acreditou no que via. Ela, incrivelmente ela dançava, sozinha, mas era inacreditável como ela prendia sua atenção.

Foi até ela cordialmente, apresentou-se e pediu para a acompanhar em sua dança. Ela aceitou e dançaram, a conversa fluia tranquila e agradável, então ofereceu uma bebida e para sentar. Ela aceitou a bebida, contudo, disse que não poderia sentar pois estava acompanhada de suas amigas.

Ele sorriu e conversaram próximo ao balcão. Até que ela disse que infelizmente tinha que voltar. Acenou com a cabeça e disse que tudo bem, e então pediu seu telefone. Ela não hesitou e disse para ele. Ele a notou e agradeceu, no momento em que ela o beijou no rosto e saiu. Hipnotizado ele a olhou saindo e virou-se.

Pegou seu celular e viu o número que havia anotado. Sorriu de canto, satisfeito, e foi para o caixa, pagou a conta e no caminhou da saída a avistou, ela o olhava também, nesse momento teve certeza de que o número era de fato válido. Mandou um “tchau” discreto e sem perceber piscou. Ela sorriu e retribuiu.

No caminho para casa pensava nela. Ela tinha muitas qualidades aparentemente, mas, no final das contas o sorriso dela o encantou. Não, ela era deslumbrante, não que fosse a mulher mais bonita, ou o corpo mais desenvolvido e distribuído, porém, havia o conjunto. Era estonteante. Havia um sorriso, uma sinceridade, e um humor que o agradava, bem como, era o seu “número” ideal. Por outro lado, havia uma certa distância, sem contar a idade, mas para ele não um problema, até porque ele não fazia o tipo idiota, muito pelo contrário, ele fazia o tipo “velho chato” apesar da idade. E ela percebera isso, afinal, era ele que estava indo para casa com o telefone dela.

domingo, 9 de setembro de 2012

Noite Mais Escura


As Luzes da cidade novamente apagaram-se. Já era tarde e por outra vez dormir era quase impossível. Levantou-se da cama, a noite era quente, pegou uma garrafa de água no frigobar e ligou seu computador. Usando mais uma vez sua valvúla de escape.

Abriu seu inbox e digitou alguns e-mails salvando-os em draft para mandar na manhã seguinte. Viu um e-mail em sua caixa como unread. Leu o remetente mas não sabia se estava preparado para responder. Não podia mais deixar para amanhã, sempre o fazia quando o assunto não lhe agradava. Tentava entrar numa nova fase de sua vida mais nem ao certo havia posto um ponto final na antiga.

Percebeu que seu corpo não demonstrou reação nem comoção ao ler a nota de reconciliação que recebera, era estranho, bom, porém estranho. No mesmo momento em que percebera que não havia emoção enquanto negava aquele e-mail. Mentira. Havia uma emoção: “confusão”.

Por que então não conseguia dormir? Por que as noites viraram um tormento? Fechou seus olhos e descobriu o verdadeiro motivo. Queria receber um e-mail daquele, mas não dela, não dessa mulher que agredira-o da pior maneira por diversas vezes.

O relógio apontou 3 am e ele notou que em poucas horas teria que levantar. Desligou o computador  e desistiu da água. Caminhou até o frigobar pegou uma long neck, Stella, e caminhou até a varanda. A vista da cidade era incrível, morar em um ponto da cidade fora a melhor escolha que fizera nos últimos tempos. Sentou-se na cadeira e seu olhar se perdeu. Contudo, dentro de sua cabeça tudo fazia muito sentido.

Ele estava em uma fase, uma fase em que estar em um lugar novo, conhecendo pessoas nova, não condizia exatamente ao que ele esperava, mas trazia consigo coisas boas certo de que nada ainda fora expetacular. Talvez fosse querer demais, as coisas vinham com um tempo, porém, algumas coisas já lhe encomodavam.

A noite ficara mais escura, então ele percebeu, algumas coisas só acontcem depois do pior momento do que o antecede. A noite é sempre mais escura antes do amanhacer.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Boas Notas


O tempo havia passado, tão rápido que não podia nem sequer dizer como. Nunca a notara como mulher, ela era alguém, alguém de minha infância. De fato, um ano atrás não podia imaginar isso, estava absorto em seus sentimentos passados, antigos e platônicos. Por outro lado como poderia imaginar? Como? As coisas aconteceram de forma estranha. Um PUB, que se eu parar para pensar muitas fases da minha vida tiveram inicio em um PUB. Porém essa era estranhamente confortante, e acompanhava horas de conversas sobre a infância.

Era engraçado lembrar os apelidos, rever as imagens que eu nem sabia que tinha arquivadas em algum diretório da cabeça. As coisas haviam mudado um pouco desde a última vez que eu estivera com ela. Para ser sincero, eu nem me lembrava quando isso ocorrera ou se ao menos havíamos conversado.

O importante era estavamos conversando agora. E de alguma forma, que sinceramente não saberia dizer qual, eu estava deixando as coisas acontecerem. O sorriso dela tinha uma beleza peculiar, acho que me fazia lembrar bons momento que vivera na infância, todavia, me mostrava que havéamos crescido e éramos adultos. Nossas responsabilidades já não eram mais boas notas ou talvez ainda fossem boas notas, boas notas na vida, notas que eram importantes apenas para nós, ego, caráter, objetivos pessoais.

A verdade era que a fase a adulta chegara  de maneira forte que não lembrava de muitas coisas do passado, e agora alguém do presente me mostrava coisas boas do passado um passado que eu não lembrava mais quão bom havia sido. A chuva apertava conforme conversamos, a literatura brasileira, dizer-me-ia que chuva representava mudança, assim como ditara, certa vez, Clarice.

Era engraçado como todas as vezes que nos encontrávamos chovia.  Será que tudo estava em mudança constante, ou será que cada vez que eu a via eu mudava? Não podia responder ao certo e com 100% de certeza que de fato mudava, mas, me fazia crer em coisas que nunca fui descrente só esqueci de crer com veemência por terem me mostrado o lado errado.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Perfeição

Eu estava ali, solteiro, uma cerveja, sentado em uma confortável cadeira. A roupa que me acompanhava, era a mesma dos dias hábituias de trabalho.

Calça social preta, camisa cinza grafite com as mangas arregaçadas na altura do bíceps. Os sapatos marrom escuros combinando com o cinto. Era típico. Exausto. Desejei aquela cerveja. Soava um tanto quanto alcoolatra sozinho, solteiro, no bar. Mas eu precisava.  Avistei duas mulheres conversando, uma delas era completamente interessante. Todos os pré-requisitos estéticos, machista, e egocêntrico ela preenchia.

Mas eu não conseguiria falar com ela, cansado, e sem muitas expectativas me contentei em ficar sentado. Ainda que fosse encantadora.

Era uma tola mentira, eu senti medo, não quis ir, criei desculpas. Eu já não era o mesmo. Nunca fora o bom de labia, mais nunca fui timido. Alguma coisa no meio do caminho aconteceu e eu não me sentia mais seguro para fazer isso.

Eu me dei conta disso, chamei o garçom pedi mais um Heineken e olhei para a tela do PUB, me acalmara um pouco esportes me faziam relaxar.

No final das contas o ideial não era conseguir ir falar com a Sra Perfeição era somente não se sentir perdido.