domingo, 16 de setembro de 2012

O Vento


Era hora de sair. Pegou as chaves do carro, trancou a casa. Vestia um jeans preto, com uma camisa social também preta de mangas arregaçadas na altura do bíceps. Abaixou o vidro colocando o cotovelo para fora. Ligou o rádio e uma música qualquer tocava. Não prestava muito atenção até que três acordes fez com que sua atenção fosse magnetizada. Era uma música boa, completa, contudo, era engraçado como “O Vento” se misturava em partes com sua vida.

Nesse momento, notou que sentia-se bem com a brisa que batia em seu rosto, escutando aquela musica. Estacionou o carro e entrou no PUB. Sentiu-se confortável com a música boa que tocava, sentou no bar e pediu uma cerveja. O primeiro gole desceu suave, com o primor que poucas bebidas podiam  lhe causar. Olhou para pista de dança e ela chamou sua atenção. Não acreditou no que via. Ela, incrivelmente ela dançava, sozinha, mas era inacreditável como ela prendia sua atenção.

Foi até ela cordialmente, apresentou-se e pediu para a acompanhar em sua dança. Ela aceitou e dançaram, a conversa fluia tranquila e agradável, então ofereceu uma bebida e para sentar. Ela aceitou a bebida, contudo, disse que não poderia sentar pois estava acompanhada de suas amigas.

Ele sorriu e conversaram próximo ao balcão. Até que ela disse que infelizmente tinha que voltar. Acenou com a cabeça e disse que tudo bem, e então pediu seu telefone. Ela não hesitou e disse para ele. Ele a notou e agradeceu, no momento em que ela o beijou no rosto e saiu. Hipnotizado ele a olhou saindo e virou-se.

Pegou seu celular e viu o número que havia anotado. Sorriu de canto, satisfeito, e foi para o caixa, pagou a conta e no caminhou da saída a avistou, ela o olhava também, nesse momento teve certeza de que o número era de fato válido. Mandou um “tchau” discreto e sem perceber piscou. Ela sorriu e retribuiu.

No caminho para casa pensava nela. Ela tinha muitas qualidades aparentemente, mas, no final das contas o sorriso dela o encantou. Não, ela era deslumbrante, não que fosse a mulher mais bonita, ou o corpo mais desenvolvido e distribuído, porém, havia o conjunto. Era estonteante. Havia um sorriso, uma sinceridade, e um humor que o agradava, bem como, era o seu “número” ideal. Por outro lado, havia uma certa distância, sem contar a idade, mas para ele não um problema, até porque ele não fazia o tipo idiota, muito pelo contrário, ele fazia o tipo “velho chato” apesar da idade. E ela percebera isso, afinal, era ele que estava indo para casa com o telefone dela.

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